Prémio Nacional da Crítica
Prémio Herralde
Prémio femina para o Melhor Romance Estrangeiro (França)
Críticas de imprensa
"[...] uma espécie de herdeiro legítimo de Jorge Luis Borges. [...] Vila-Matas é alguém que olha sempre o mundo a partir da literatura, dos seus arquétipos, sortilégios e maldições. Nunca porém terá levado a sua ambição tão longe como neste fabuloso O Mal de Montano, que recebeu em Espanha o Prémio Nacional da Crítica e o Herralde, para além do Femina para o Melhor Romance Estrangeiro publicado em França. O mal de Montano do título não é mais do que a doença da literatura, a incapacidade de viver fora da órbita do que é literário. [...] Estamos perante um romance sui generis, uma espécie de aproximação ao utópico livro total. [...] No fim, transformado na figura de Walser, caminhando na neve e na bruma diante do abismo, o narrador descobre que a sua doença - a ameaçada literatura - é talvez a única salvação que nos resta. E Vila-Matas, solipsista magnífico e genial, com o seu impecável estilo de Flaubert pós-moderno, sabe dizê-lo como mais ninguém." José Mário Silva, Diário de Notícias
"Autoficcional, mais do que autobiográfico, O Mal de Montano é uma declaração de amor à literatura, tão incondicional que nele se poderá ter escrito a frase que aparece em Bartleby & Companhia: ' Eu achava que queria ser poeta, mas no fundo queria ser poema'." Ana Cristina Leonardo, Expresso, Actual
"Em 'O Mal de Montano', Enrique Vila-Matas reinventa o mito do Quixote: D. Alonso, de muito ler romances de cavalaria, convence-se que é o cavaleiro Quixote de La Mancha. Rosario Girondo, obcecado pela literatura, chega a considerar-se 'um manuscrito' e inclusive iniciar um combate contra 'os inimigos do literário', por exemplo umas toupeiras alojadas na montanha do Pico, empenhadas em dar cabo da literatura." Ana Sá Lopes, Público, Mil Folhas