Através de casos pessoais, a presente narrativa pretende ser a evocação de uma época, de uma fractura na História de Portugal. Ter-se nascido na ditadura (nas censuras, nas representações), vivido a revolução (o sonho, a desmesura), contribuído para a Democracia (a liberdade, a diversidade), imergido no neoliberalismo (o lucro, a excendetarização) foram experiências-limite concedidas às gerações que, agora, começam a sair, mal-amadas, de cena. Mal-amadas por míngua de sentimentos, por excesso, ausência, desencontro, receio deles. É a sua memória, mágoa, sarro, utopia, ousadia que aqui se encenam, nesta versão recriada do Nascido no Estado Novo. Costa Gomes evita a guerra civil Implacabilidades de Álvaro Cunhal A morte silenciada de Marcello Caetano O fenómeno dos Retornados Premonições de Natália Correia Agostinho da Silva revela Confidências de Fernando Pessoa E antevê: a sobrevivência de Portugal, quando a CE bloquear, está em África Uma nova etapa germinará através da lusofonia.