Que balanço deve ser pedido à história daqueles tempos em que dois povos plasmaram num espaço comum hábitos e modos de vida com marcas de recíproca aceitação e convívio? Como lhes foi possível construir e cimentar em Macau uma ambiência universalmente reconhecida como singular e rara?
A história aponta para uma responsabilidade dual dessa atmosfera peculiar, devendo-se tanto a chineses como a portugueses, como se o próprio chão do território impusesse a quem o habitava — temporária ou permanentemente — um comportamento, não totalmente português, não totalmente chinês, mas de Macau.Obra conjunta de dois povos, do que de melhor haverá a extrair de cada um deles, Macau será sempre para os portugueses que lá vivem ou tiveram o privilégio de lá viver, um encontro com a força do passado histórico da nação, uma aprendizagem de convivência, uma certeza de futuro, uma folha de nós lançada ao Oriente.