No início deste terceiro volume da Tetralogia Lusitana assistimos ao rapto dos jovens Marta e João Carlos, seguido pelos não menos surpreendentes acontecimentos que revolucionaram a sociedade portuguesa desde o domingo de Páscoa de mil novecentos e setenta e quatro ao domingo de Páscoa do ano seguinte. Ao longo desse ano eufórico para muitos, assustador para alguns, as personagens de A Paixão e Cortes dispersam-se dentro e fora do país e, antes da existência de telemóveis e e-mails, comunicam sobretudo por cartas entre si. O que dá a esta agitada narrativa, ora dramática ora divertida, um tom de paródia a certos romances do século XVIII, epistolares e libertinos.