«Em determinados momentos, daqueles que dizemos serem momentos de verdade, cada um de nós tem o pressentimento de que a verdadeira realidade, a do mundo, a dos outros e, sobretudo, a nossa, não passa de pura ficção. Aquilo que para o comum dos mortais não é senão uma vertigem passageira foi, para Pessoa, uma vertigem de todos os instantes, de que nem Deus, nem os homens, nem sequer as palavras que criou como se fossem anjos podiam libertá-lo.»