m exuberante triunfo da linguagem e da imaginação, um belíssimo romance no qual as aventuras tragicómicas de dois jovens génios revelam muito do que aconteceu à América em meados do século XX. À semelhança de American Pastoral, de Phillip Roth, e Underworld, de Don DeLillo, As Espantosas Aventuras de Kavalier & Clay é um romance de dimensão épica que abarca diferentes épocas e continentes, uma verdadeira obra-prima assinada por um dos mais talentosos ficcionistas americanos da actualidade.
Estamos em Nova Iorque em 1939. Joe Kavalier, jovem artista versado na arte da evasão houdiniesca, acaba de realizar a sua maior façanha até ao momento: escapar clandestinamente da Praga ocupada pelos nazis. Está determinado a fazer fortuna para poder trazer a família para a liberdade. O primo, um rapaz de Brooklyn chamado Sammy Clay, procura um colaborador para criar os heróis, histórias e desenhos da última novidade a atingir o mundo de sonhos americano: as revistas de quadradinhos. Com as suas fantasias, medos e sonhos, Joe e Sammy tecem a lenda desse herói inesquecível – o Escapista. E, inspirados pela bela e esquiva Rosa Saks, uma mulher que ficará ligada a ambos por poderosos laços de desejo, amor e vergonha, criam a sobrenatural Senhora da Noite, Luna. Enquanto a sombra de Hitler se estende sobre a Europa e o mundo, a idade de ouro da banda desenhada começa.
O brilhante talento literário que tem levado alguns críticos a compararem Michael Chabon a Nabokov é evidente em cada página de As Espantosas Aventuras de Kavalier & Clay. Chabon escreve «como uma aranha mágica, tecendo sem esforço elaboradas teias de palavras que aprisionam o leitor», escreveu Michiko Kakutani, do New York Times. Chabon criou, em Joe Kavalier, um herói para o século.