Nesta sua autobiografia, Ingmar Bergman lança, em 1987, um olhar sobre a sua vida marcada por uma educação rígida, uma imaginação fecunda e uma vida amorosa acidentada. Através da sua leitura vemos como foi um homem do teatro e do cinema, tendo vivido com intensidade os seus momentos de crise e de graça. Bergman avalia sem autocomplacência as suas relações familiares, de amizade e amorosas, e fala com lucidez dos seus encontros com actores como Laurence Olivier, Greta Garbo ou Ingrid Bergman. Revela ainda episódios desconhecidos das filmagens de "Morangos Silvestres", "Mónica e o Desejo" e "Sonata de Outono". A obra testemunha as suas feridas e crises, mas também os seus momentos de felicidade, iluminados pelo persistente fulgor da infância.