"Mãe, não tenhas medo de partir, prometo-te que vou escrever sobre os teus olhos, os mais belos que conheci."
Julieta, uma mulher de armas habituada a lutar, vê-se confrontada com o seu mais cruel desafio - um maldito tumor que se apoderou dela sem permissão. Não baixa os braços e empreende uma luta feroz contra a doença. Ao som de La vie en rose sofremos com Julieta, sentimos a sua dor silenciosa e apaixonamo-nos por ela. Pela mão de seu filho conhecemos a sua grande paixão por Henrique e o irromper, pujante, do primeiro amor. São inúmeras as cartas apaixonadas que ambos trocaram entre si e que nos transmitem um amor desenfreado, mas sofrido, repleto de emoções únicas que ultrapassaram barreiras e preconceitos. A chegada de uma carta, o céu que se abre… São escritos que ficam gravados para sempre, recordações que não se esquecem, uma autêntica vida. La vie en Rose não é uma história com final feliz, mas respira-se nela felicidade e uma doce nostalgia na evocação do passado de Julieta. Uma história tocante, arrebatadora e que todos gostaríamos de ler, sobre a melifluidade e o poder transformador do amor, a alegria, a dor da perda… Eis um hino de amor, numa intensa sinfonia verbal pintada em cores alegres, de um filho para a sua Mãe. "O seu sorriso estende-se, de onde Ela está, até aqui. Vejo-o agora. Está aqui poisado na minha mão, na palma. Sei onde Ela está e quem encontrou."