O estabelecimento e o respeito de e por uma ética da informação são hoje cada vez mais necessários e prementes. Diversas iniciativas foram lançadas ao nível da profissão e em algumas empresas com o fim de melhorar a regulamentação de uma actividade de altos riscos. Mas a deontologia do jornalismo continua por definir: os textos de referência estão ultrapassados ou incompletos, os órgãos de controlo estão desprovidos de qualquer poder constrangedor, e a lógica comercial dos média continua a ser a mais forte. Como restituir ao jornalista a sua responsabilidade de indivíduo numa informação respeitadora dos factos e das pessoas? Como restaurar a função crítica de um jornalismo emissário das expectativas do mundo? Nesta obra fundamental, escrita por um homem da profissão, estas questões colocam em cena a história contemporânea das liberdades das quais o jornalismo continua um defensor frágil e indispensável.