Em 1953 um escultor português de trinta e um anos participava no concurso internacional para o Monumento ao Prisioneiro Político Desconhecido, que tinha lugar em Londres. Jorge Vieira, assim se chamava o jovem artista, acabou por ser um dos premiados no certame. A escultura não passou nessa altura do estado de maqueta em que foi exposta na Tate Gallery. Mas o nome de Jorge Vieira ficava para sempre inscrito como sinal da ruptura necessária no meio português, onde a escultura, na sua larguíssima maioria, se dedicava à decoração e à homenagem comemorativa.