Testemunhos de JORGE SAMPAIO, SAMUEL TEVET e SHIMON PERES.
Um abrangente e culturalmente fundamental projecto editorial sobre a História do Estado de Israel, com a coordenação do Presidente e da Vice-Presidente da comunidade israelita em Portugal.
Nos mapas medievais, Jerusalém era o centro do mundo. E em muitos aspectos continua a sê-lo do ponto de vista dos meios de comunicação internacionais. Os jornalistas costumam dizer que basta deixar uma câmara de televisão ligada, a gravar apenas meia hora em qualquer cidade de Israel, ir tomar um café e no regresso verificar: «Já temos uma reportagem.» Não há nenhum país no mundo com tanta riqueza humana, contradições, raças, religiões, línguas, conflito e drama como neste pequeno país do tamanho da Galiza, cenário do best-seller n.º 1 da humanidade, a Bíblia.
«Demasiada história para pouca geografia», costumava dizer o fundador do Estado, David Ben-Gurion. Como comentava um jornalista japonês, Israel e o Médio Oriente são por excelência o parque de atracções dos jornalistas. E eu acrescentaria que frequentemente se limita a ser a vertiginosa montanha russa do mundo jornalístico. Há, actualmente, 28 conflitos abertos no mundo, 25 deles islamitas: de Caxemira até à Chechénia, do Sudão até à Palestina. Nenhum deles, no entanto, goza da cobertura que tem o Médio Oriente. Haim Weizmann, o primeiro presidente do Estado de Israel, questionava-se há mais de 50 anos: «O que é que nos distingue dos outros povos?», ao mesmo tempo que respondia: «Somos exactamente o mesmo, só que um pouco mais.