Numa época em que o tão propalado confronto de civilizações se parece estar a tornar, para alguns, num confronto de religiões, é curial analisar a forma como o Islão se tem relacionado com o Ocidente ao longo dos séculos - relação essa sintetizada, aliás, no subtítulo desta obra - Uma Harmonia Dissonante de Civilizações -, e que nem sempre se revestiu do antagonismo feroz que hoje parece ser a norma.
Consubstanciam-se nesta obra treze séculos de história, que culminam na derrocada do Império Otomano, que acarretou, de resto, consequências ainda hoje manifestas nas relações entre o Islão e o Ocidente.
É crença habitual que entre o Islão e o Ocidente existiu sempre um fosso histórico e ideológico. Nas páginas deste livro, o autor mostra que não é bem assim: exibe um quadro de dois sistemas de crença que têm uma longa história de tolerância e influência mútuas, apesar da desconfortável herança das cruzadas e do percurso do império Otomano.