A presente obra descreve as relações entre os Estados envolvidos na Guerra Peninsular, em particular com Portugal. A Grã-Bretanha como aliada; a Espanha com a sua atitude dúbia, no início favorável à França e, por fim, aliada de Portugal; e a França de Napoleão que tentou por todos os meios a aliança com Portugal, primeiro pela via diplomática e depois com o envio de três exércitos. Estas campanhas foram designadas por «Invasões Napoleónicas». Tinham por principal objectivo fazer com que Portugal aderisse ao Bloqueio Continental contra a Inglaterra.
Entre a «espada e a parede», Portugal decidiu-se pela Aliança Marítima e assim conseguiu salvar o império ultramarino e o reino, deslocando a Corte para o Brasil. Quem está convencido que a Família Real fugiu para o Brasil está, na opinião do autor, enganado, porque esta atitude ousada foi bem preparada e única no período que foi alvo do estudo. Napoleão preparava-se para capturar os mais altos dignitários de Portugal e dividir o país em três, conforme consta no Tratado de Fontainebleau. A Convenção Secreta de Outubro de 1807 entre Portugal e a Grã-Bretanha desmistifica esta controvérsia.