INTRODUCAO A FILOSOFIA DA CIENCIA

Lisa Bortolotti

Gradiva

Filosofia Aberta nº 25

978-989-616-557-4

Filosofia

Sinopse«Sem pressupor qualquer conhecimento prévio quer de filosofia quer de ciência, Lisa Bortolotti explica todos os temas centrais com clareza, acrescentando-lhes interessantes pontos de vista pessoais.

Este livro é a primeira abordagem ideal para quem quer compreender a relação entre a teorização científica e a realidade.»

David Papineau, King's College, Londres

Poucas áreas da produção humana têm sido tão bem-sucedidas como a ciência. Os seus resultados manifestam-se em praticamente todos os aspectos da nossa vida quotidiana, tanto nos mais insignificantes como nos mais centrais e importantes. Porém, não tem sido fácil dizer o que há de tão especial na ciência para explicar de forma satisfatória tais resultados. Introdução à Filosofia da Ciência apresenta uma abordagem viva e acessível aos mais importantes temas e debates da actualidade nesta área. As questões filosóficas clássicas sobre a metodologia, o progresso, a racionalidade e a realidade são tratadas fazendo referência a exemplos de todo o espectro das ciências naturais e sociais. Lisa Bortolotti adopta uma perspectiva historicamente informada sobre a evolução da ciência, e inclui uma discussão minuciosa sobre as implicações éticas da investigação científica. É dedicada especial atenção à relação complexa entre o avanço da ciência, as políticas públicas e o interesse público, bem como à continuidade entre a investigação científica e as outras actividades humanas.

O livro está estruturado de modo a ajudar o leitor a pensar por si mesmo, incluindo quadros informativos e perguntas para reflectir, com o intuito de apoiar também professores e estudantes em todas as fases do ensino e da aprendizagem, desde a compreensão dos textos primários e de textos secundários, à discussão e redacção de ensaios. Também inclui uma bibliografia temática e um glossário de termos técnicos.

Introdução à Filosofia da Ciência é uma excelente ferramenta para os estudantes e proporciona aos investigadores das disciplinas científicas uma oportunidade para reflectirem sobre o valor e o impacto do seu trabalho. É também uma leitura estimulante para quem se interesse pelas questões filosóficas levantadas pelo estatuto do conhecimento científico, pela prática da ciência e pelo papel dos especialistas na sociedade contemporânea.

A par de uma exposição clara e informativa, este livro inclui pequenos exercícios de revisão e também questões de discussão, que convidam o leitor a pensar por si nos assuntos debatidos. Eis algumas destas:

· Qual é a diferença entre a filosofia e a ciência, uma vez que ambas pretendem chegar a uma melhor compreensão dos fenómenos à nossa volta?

· Pode-se ser cientista sem nunca se fazer efectivamente uma experiência?

· Porque precisamos de uma justificação independente para a indução?

· Pense na solução de Popper para o problema da indução e responda às seguintes questões: a) Como é que chegamos a novas hipóteses a não ser pela indução? b) Será possível obter justificação para aceitar uma teoria usando o método de testagem de Popper?

· Consegue encontrar um termo que seja observacional nuns contextos e teórico noutros?

· De que modo observar ao microscópio é diferente de ver através de uns óculos com lentes coloridas?

· Consegue dar exemplos de boas explicações científicas que não mencionem causas?

· Haverá uma ligação necessária entre ser um rubi e ser vermelho?

· Pensa que a analogia entre revoluções políticas e mudanças radicais na ciência é convincente?

· Crê que poderá haver ciência num mundo habitado por uma só pessoa?

· Poderá haver um progresso genuinamente cumulativo?

· Pensa que a investigação científica deveria ser mais regulada do que as outras actividades humanas?

· Em que sentido os cientistas têm uma responsabilidade ética para com o resto da sociedade?

· Como é que se pode fazer a sociedade confiar na ciência?

Ao longo do livro são analisadas e debatidas ideias de filósofos tão influentes como Carnap, Hempel, Quine, Popper, Kuhn, Feyerabend, Lakatos, Hacking, Laudan e Van Fraassen, entre outros.