Se há uma noção difícil de deixar clara ao interlocutor, para ajudá-lo a compreendê-la e a aceitá-la, é a da integração de indivíduos considerados diferentes num grupo social. É difícil integrar uma população particular numa sociedade pois, a partir de uma certa percentagem de indivíduos diferentes, a população de origem teme perder a sua identidade. É ainda mais difícil quando se trata da integração de crianças deficientes na classe, pois deparamos com um conjunto de objeções devidas ao facto destas crianças serem definidas como inadaptadas; o que significa que não podem ficar com as outras. [...] Não podemos abordar o problema da integração das crianças deficientes a não ser que ultrapassemos o debate imposto pela instituição. Eis porque este trabalho é centrado em dois dados: a necessidade vital da diferença entre os indivíduos e a necessidade social da convivialidade, dois dados que devemos harmonizar.