Esta é a primeira obra escrita sobre a Guerra da Secessão que não trata o seu tema de forma romântica, amaneirada, e por isso provocou muita controvérsia e contestação: certos grupos patrióticos e militaristas condenaram-na como um insulto à reputação do exército norte-americano; outros colocaram-lhe (injustificadas) objecções de ordem estilística, clamando contra as suas pretensas transparência temática e deselegância estilística. A tudo isso resistiu com orgulho o romance de Crane, justamente por ser essa primeira e distintiva abordagem moderna da guerra no âmbito da Literatura Norte-americana.
Narra a história de tristes realidades de um campo de batalha na Guerra Civil Americana, do ponto de vista de um assustado soldado de infantaria. Stephen Crane desvenda, com um génio raro, o terror, o medo cego e a proximidade da morte num moderno campo de batalha, num livro que se tornou um estudo clássico da psicologia do medo. Se a obra não possuísse inúmeros méritos por direito próprio, bastaria a influência que exerceu para a tornar ímpar.