No ano de 638, o patriarca ortodoxo de Jerusalém qualificou de abominação aos olhos de Deus a presença do califa muçulmano na igreja do Santo Sepulcro. Desde esse primeiro contato, cristãos e muçulmanos têm encarado uns aos outros com desconfiança. Este livro esquadrinha a longa história dessa conturbada relação. Sugere que ódio não é instinto, mas uma atitude encorajada e aprendida através de muitos séculos. Durante esses séculos, o antagonismo foi inflamado pela palavra escrita - por meio da imprensa - e pelo poder da voz humana. Nutriu-se de sugestões sutis e insidiosas em pinturas, desenhos e gravuras. Essa batalha ainda está travada, hoje, por intermédio de jornais, revistas e livros, da televisão, do rádio e da Internet. O autor se concentra minuciosamente nas três áreas onde muçulmanos, cristãos e judeus viveram juntos por longos períodos - a Espanha, o levante e os Balcãs.