De todas as heroínas lembradas pela história, Elisabeth da Áustria foi e é uma das mais romanescas. Bela, melancólica, rebelde, imperatriz aos dezasseis anos, reinou até ao seu assassinato, em 1898, sobre povos tão numerosos como os seus sonhos.
Desta mulher singular, a lenda não reteve, quase sempre, senão o perfil travesso de “Sissi” e era preciso que uma romancista como Nicole Avril apresentasse, enfim, a sua verdadeira ressurreição.
Daí este romance, todo paixão e erudição. Em A Imperatriz reanimada pelo estilo de uma escritora “cúmplice”, Elisabeth reencontra a sua agitação, os comportamentos que fizeram o seu destino: imperial e real, republicana, poetisa, dominada pelo absoluto, subjugando a Áustria-Hungria com o seu encanto sem igual...
Mas, para além desse destino sublime e doloroso, é toda uma Europa defunta que é aqui invocada. Com a efervescência das suas nações, com os seus dramas, com o seu horizonte magnetizado pela violência e pela guerra.