Jorge é uma espécie de actor que vive de expedientes (anúncios, dobragens, figuração), à espera da sua oportunidade; o grupo de teatro a que pertence não se entende sobre o próximo projecto. Quando a mulher, uma professora de Português profundamente deprimida, entra em furor pedagógico, abre espaço e põe em marcha uma série de acontecimentos que terão para Jorge a importância de uma única, ténue revelação.
Esta é a história de uma separação, mas também de uma paixão obsessiva, de uma viagem patética, de um projecto que corre bem demais, e de outras peripécias.
Ilusão (ou o que quiserem) é um romance satírico sobre um homem à procura da realidade, no meio de tantos, tantos fantasmas, vozes sem corpo, corpos sem voz, e da multidão de desconhecidos que faz parte da nossa vida de todos os dias.