Um detective privado aceita o encargo de descobrir e desbaratar uma conspiração que ameaça o ditador de um minúsculo país, formado por três ilhas; aí descobre uma situação ditatorial quase caricatural, de uma notável perfeição técnica, entrevista-se com o ditador e percorre as ilhas por entre vagos indícios de uma conjura cada vez mais nebulosa.
Este é o início da irónica fábula que aqui se nos conta sabre o poder absoluto, ao qual não escapa nenhum aspecto da sociedade (militar, industrial, cultural, sexual). Na tradição das novelas e contos de Voltaire, o autor apresenta uma fantasia brincalhona, divertida e também amarga, inquietante que, no fundo, constitui uma reflexão sobre o poder político e as desumanas consequências a que pode conduzir.