A história de uma mulher e de um homem que se encontram por acaso durante a viagem de regresso ao seu país natal, de onde emigraram vinte anos antes, é o catalisador de uma excepcional reflexão sobre um fenómeno que atingiu, no século XX, uma dimensão sem igual na história: a emigração. Depois de A Imortalidade, A Lentidão e A Identidade, romances que parecem fazer parte de um projecto maior, Kundera propõe com A Ignorância mais uma pujante análise da condição humana e da contemporaneidade, como habitualmente, assente num discurso com tanto de irónico como de corrosivo.