Publicado pela primeira vez em 1917, a obra-prima de Raul Brandão é um misto de diário, feito de visões reflexões metafísicas, e de ficção simbólica, onde se alternam dois monólogos interiores em fragmentos datados ao longo de cerca de um ano - o monólogo do autor/narrador, na primeira pessoa, e de um filósofo lunático, alter ego do autor, apodado de Gabiru. Escrito num estilo poderosamente original e de uma modernidade impressionante, "Húmus" explora a contradição entre o mundo aparente e o autêntico, onde se descobrem monstruosidades não sonhadas.