Após o prolongado exílio na Sibéria, que viria a inspirar Cadernos da Casa Morta, Dostoiévski publicou, em 1861, o romance Humilhados e Ofendidos, onde expõe a desumanidade do seu tempo e do seu país, em que os ricos e poderosos escravizavam e humilhavam os mais pobres. É narrado, por um jovem autor, Vânia, que acaba de publicar o seu primeiro romance – uma alusão quase autobiográfica –, embora continue a debater-se com grandes dificuldades de vida, e cuja compaixão e curiosidade acabam por fazê-lo envolver-se ainda nos dramas alheios. Traduzido directamente do russo, pelos consagrados Nina Guerra e Filipe Guerra, vencedores do Grande Prémio de tradução literária APT/Pen Clube Português.