Com “Nas Horas Vagas da Guerra” o leitor entra no dia-a-dia da vida dos soldados que participaram na Guerra de África. Nos momentos passados a caçar e noutros momentos de ócio. Os homens e as mulheres que participaram na guerra colonial já muito escreveram, havendo já um número interessante de testemunhos. Mas, da sua leitura fica um pouco a impressão de que lamberam as suas feridas. Com este livro não se tem esse amargo de boca e isso é uma das coisas que o torna marcante. Demasiadas vezes morreu o elefante sem que o seu penar se extinguisse. A partir de agora cada leitor deste livro lhe prolongará o tormento. Contudo, ao fazê-lo, recriará a vida que pulsou pela África que Portugal viveu. Estas estórias são exactamente o que pretendem ser; histórias vividas de paz, nas horas vagas da guerra. Foram tempos que ajudaram a passar outros tempos, menos aprazíveis e que não foram para aqui chamados… É desses tempos que o livro trata, escrito como se fosse contado informalmente no prazer duma conversa entre amigos que nos entendem e gostam das mesmas coisas. Carlos Eurico Figueira Marques nasceu a 21 de Julho de 1938 no Porto e reside em Estarreja de onde a família é natural. Em 1961, já com 28 meses de Serviço Militar, foi mobilizado para Angola onde cumpriu mais 29 meses, tendo regressado a Portugal em 1964.