Cascais, Porto e Lisboa são os cenários desta ficção policial contada de modo escorreito, sem ambiguidade. Autarquias, autarcas, firmas de construção e empresários, offshores, políticos, grandes escritórios de advogados, figuras execráveis, comportamentos agoniantes, ambições rasteiras, avidez torpe, violência sexual, sexo comprado, a podridão e a corrupção sufocantes que levam as sociedades ao vazio e os Estados à dissolução. Mas o livro tem também o contrário edificante, dissonante, frágil e cercado nesse pântano.
Qualquer semelhança com alguma situação real é absolutamente improvável e, a verificar-se, seria, claro, uma incrível coincidência.
A autora é assessora jurídica na Câmara Municipal de Lisboa. Este romance é o seu primeiro livro publicado.