Este terceiro volume de O Homem sem Qualidades, reune o essencial do espólio inédito deixado por Musil em 1942 e nunca foi editado em Portugal.
Abarca momentos essenciais da pré-história do romance nos anos vinte (ainda com os títulos O Redentor ou A Irmã Gémea) e documenta o complexo labirinto por onde se move a escrita e reescrita de Musil nos anos trinta e quarenta, a caminho de uma conclusão que nunca alcançou, nem podia alcançar, porque o romance «não pode provar nada» e o seu «programa» é o da «apropriação da irrealidade ». Assim sendo, conclui Musil num dos fragmentos, «uma conclusão é quase um absurdo». João Barrento