Fazendo uma ponte entre as descobertas recentes e os seus próprios conhecimentos, Étienne Guillé propõe uma descrição do homem que merece a máxima atenção. O ser humano não está apenas destinado a produzir, consumir e morrer, porque o lugar que ocupa no mundo é um lugar privilegiado, inscrito entre o céu e a terra. Compreendendo cada homem como um todo e não como uma individualidade isolada, o autor, professor na Universidade Paris-Sud, explica-nos por que razão possuímos capacidades ímpares mal dirigidas e somos feitos de fragmentos de eternidade. Porém, esta nova percepção do ser humano exige uma libertação dos nossos sentidos adormecidos ou transitoriamente bloqueados. Só assim se poderão revelar as facetas antes ocultas da nossa personalidade, indispensáveis ao autoconhecimento e à expressão da verdade daquilo que somos. E aquilo que somos não é um produto do acaso, na medida em que podemos decidir, com toda a liberdade e consciência, tornarmo-nos seres de luz, responsabilidade e amor.