Fenómeno paranormal? Vestígio dos velhos tempos? Nos dias de hoje, o milagre já não parece ser um elemento fundamental da fé cristã. O autor pinta um panorama histórico desses fenómenos que na maioria dos casos causam perplexidade ou desconcerto. Baseando-se em exemplos famosos, mas também em casos ignorados ou já esquecidos, e ampliando a pesquisa para lá das fronteiras do cristianismo, explica o sentido dos milagres e mostra que eles pertencem ao domínio do sobrenatural e não podem ser confundidos nem com manifestações de carácter paranormal nem com simples prodígios. O milagre, expressão da omnipotência divina, é um sinal que o crente e a Igreja são convidados a decifrar: é um sinal messiânico da vinda e da acção de Jesus no mundo e um sinal de esperança que nos recorda a ressurreição do Cristo e a sua vitória definitiva sobre a morte e o pecado. Nada é, pois, menos «exótico» que o milagre. Depois de parecer ter desertado do proscénio cristão no Ocidente, regressa agora em força - menos, de resto, na Europa do que nos outros continentes.