Do que ficou na e da memória dos anos da Guerra Colonial de Angola (1961 a 74), eis um punhado de versos, ao longo deste livro, que não é mais do que – um longo poema de vida na morte -, escritos num cenário de guerra tão difícil de descrever quanto de poetizar.
“há o Silêncio em volta”, quando, a seguir à emboscada, traiçoeira e mortífera, salta do peito a ânsia, misturada com o medo e a dor, em procurar saber dos que tombaram para sempre e sangram no meio do capim em redor de nós.”
O poeta, e o guerreiro, como abre o livro assim o fecha, com ténues, mas firmes, lembranças de um amor, que o som da guerra teimou em desfazer, mas que o sonho, sempre o sonho que nunca o abandou, o manteve mentalmente saudável nesta dura travessia que lhe foi imposta.