O relato de uma mulher afegã refugiada no Paquistão despertou na Catalã Ana Tortajada uma grande admiração e solidariedade para com a história e a vida do povo do Afeganistão.
Este sentimento, a que se juntou o desejo de conhecer de perto a realidade e o drama do país, levou-a a empreender uma viagem ao coração e ao horror da guerra.
Em Agosto de 2000, Ana e duas companheiras puderam observar no terreno a situação dos refugiados afegãos no Paquistão: a miséria, a exploração laboral, o trabalho infantil e a quase inexistente ajuda internacional.
Já no afeganistão, nomeadamente em Cabul, e a viver de perto a repressão Taliban, foram também testemunhas da luta clandestina de muitas pessoas que, pondo em risco a própria vida, tentaram que a educação, a cultura e a tolerância não enfraquecessem ante as armas dos opressores.
Das suas experiências resultou este relato surpreendente – uma denúncia dos horrores infligidos por um regime que, em nome do Islão, torturou e assassinou impunemente, subjugando toda uma população cuja luta foi durante demasiado tempo ignorada.
Combinando a literatura com a solidariedade, a autora propôs à HAWCA ( Organização Humanitária de Assistência a Mulheres e Crianças do Afeganistão ) a doação dos direitos de autor obtidos com esta obra.