(…) Pela mesma altura, um relatório da secreta, entregue ao Governo, alertava para o «crescente peso de uma fação fundamentalista na direção da comunidade islâmica de Lisboa». Tratava-se da Tabligh Jamaat, uma organização que foi muitas vezes citada em investigações sobre terrorismo, integrada maioritariamente por imigrantes indo-paquistaneses. Da Tabligh Jamaat fazia parte o argelino Samir Boussa, um nome referido numa lista de 300 nomes de suspeitos de ligações a movimentos extremistas islâmicos e que era vigiado pelo SIS desde 2004. Boussa foi detido no Porto, juntamente com 20 suspeitos de estarem a preparar um ataque terrorista ao Euro 2004.
Tal como em 2004, a Al-Qaeda continua a dominar as atenções do SIS, e de muitas outras agências secretas, não obstante a morte de Osama Bin Laden. E isto porque a ameaça do terrorismo islâmico é real e a escala global. Daí a importância de um bom serviço de informações e da efetiva coordenação entre os vários serviços de inteligência.
Em As Grandes Agências Secretas o leitor mergulha nos bastidores dos principais serviços de espionagem (Mossad, CIA, MI6, KGB e SIS), e revela os seus segredos, êxitos e fracassos. A origem, o significado, as missões, as operações clandestinas, os agentes, onde estão sediadas,… está tudo nestas mais de 330 páginas da autoria de José-Manuel Diogo.
Paralelamente, o autor faz também uma análise das relações entre os estados e lança um olhar sobre os grandes conflitos mundiais revelando desta feita as implicações geopolíticas e geoestratégicas da política internacional.