Estas páginas encerram o diário de uma mulher.
São 30 dias na vida de uma mulher tão especial e tão comum como todas as outras. Espreitamos aqui a sua intimidade e vemo-la jurar que nunca mais grita, e a gritar no minuto seguinte. A ser vencida pelo stress do dia-a-dia, e a enfrentar serenamente provações triviais. A debater-se com a culpa, com a dificuldade de se entregar e de gostar de si. A renunciar à personalidade e à vontade própria para agradar aos outros, e a fazer só que lhe apetece, porque a sua vontade está em primeiro lugar. A desesperar com a complexidade da sua relação com o marido e os filhos, e a aprender a gostar de si e dos outros assim mesmo. A confrontar os fantasmas do passado, e a contemplar a possibilidade de um futuro feliz.
E percebemos então que é possível que aquilo que gostaríamos de ser, seja muito menos e não chegue sequer aos calcanhares do que somos realmente. O segredo descobre-se quando paramos de tentar ser uma pessoa diferente. O que somos, exactamente o que somos é sempre melhor do que julgamos. E chega perfeitamente.