Desde 1989 que se vêm realizando, por iniciativa de Fernando Santos Neves, as "Semanas Sociológicas", nome genérico para designar tudo o que revela do Lugar e Papel das Ciências Sociais e Humanas na Modernização e Desenvolvimento das Sociedades Contemporâneas.
Criada em 1991 no decorrer da "II Semana Sociológica", a SALP - Sociedade Africanológica de Língua Portuguesa, à luz da "crítica da razão africanológica" e situando-se numa linha muito epistemológico-metodológica (e até terminológica e bibliográfica), não pretende substituir ou suprimir, mas fundamentar e complementar todos os "Centros, Institutos ou Estudos Africanos" existidos, existentes ou existituros em todos os Países de Língua Oficial Portuguesa.
Em 1994, a "IV Semana Sociológica" decidiu proceder à criação da "ACSEL - Associação dos Cientistas Sociais do Espaço Lusófono", destinada a tornar efectivas as suas intenções programáticas, que eram as de, à luz da "crítica da razão lusófona", "enterrar as mitideologias, enfrentar as realidades e analisar as potencialidades do Espaço Lusófono em todos os seus parâmetros (históricos, geográficos, culturais, económicos e políticos) na perspectiva interdisciplinar das Ciências Sociais, tornando sua a glosa da célebre tese: até agora, já se fizeram todos os discursos possíveis sobre a Lusofonia; o que interessa, porém, é realizar o Espaço Lusófono!".
Não constituindo mais uma das clássicas e em real pouco atractivas publicações designadas de "Actas", o presente volume não deixa de se inspirar, em grande parte, nos trabalhos da "IV e da V Semanas Sociológicas", cujos temas foram, respectivamente, "O Espaço Lusófono: Mitideologias, Realidades e Potencialidades" e "A Globalização Societal Contemporânea, a Regionalização e a Lusofonia: os Factos e os Desafios".