O genoma humano, o conjunto completo de genes alojados em 23 cromossomas, é nada mais nada menos que uma autobiografia da nossa espécie .
Com o primeiro rascunho de Genoma a ser publicado em 2000, nós, esta geração sortuda, somos os primeiros seres humanos a ser capazes de ler este livro extraordinário e a ganhar, assim, perspectivas inimaginavéis acerca do que significa estar vivo, ser humano, estar consciente ou estar doente.
Matt Ridley, ao escolher um gene recém-descoberto de cada um dos 23 cromossomas humanos e contar a sua história, relata a história da nossa espécie, desde a alvorada da vida até ao limiar da medicina do futuro.
Encontra genes que partilhamos com bactérias, genes que nos distinguem dos chimpanzés, genes que podem condenar-nos a doenças cruéis, genes que podem influenciar a nossa inteligência, genes que nos permitem utilizar a linguagem gramatical, genes que guiam o desenvolvimento dos nossos corpos e dos nossos cérebros, genes que nos permitem lembrar coisas, genes que exibem a estranha alquimia dos genes e do ambiente, genes que nos parasitam para os seus objectivos egoístas, genes que combatem uns com os outros e genes que registam a história das migrações humanas.
Da BSE ao cancro, Ridley explora as aplicações da genética: a procura de conhecimento e terapia, os horrores da eugenia e as implicações filosóficas para compreender o paradoxo do livre arbítrio.
Uma obra fabulosa. Uma lúcida, engenhosa e divertida digressão através dos nossos cromossomas que mostra como os genes e o ambiente se combinam para nos tornarem humanos.