As soluções apresentadas nesta obra por Alesina e Giavazzi quanto à forma como a Europa deverá lidar com a produtividade laboral, a regulação dos mercados, a globalização, o ensino superior, a investigação tecnológica e as sociedades multiétnicas, irão certamente causar celeuma, tal como a sua concepção da Europa e da moeda única. Mas é um aviso que todos aqueles preocupados com o futuro do continente e com a economia global não poderão ignorar.
A Europa vive actualmente um dilema; o seu poder económico não tem correspondência no plano político. Por isso, e segundo os autores desta obra, ou a Europa age com celeridade para rectificar esta situação, ou ao seu declínio em importância na cena política seguir-se-á o declínio económico. Não que o continente esteja na iminência de se ver mergulhado na pobreza, mas será ultrapassado por outros países com maior pujança económica e capacidade de adaptação.
Os autores traçam várias comparações com os Estados Unidos, realçando a capacidade deste país em absorver a diversidade cultural, a flexibilidade do mercado laboral e a produtividade e intervenção mínima do Estado na economia, culminando na assistência social, talvez a principal diferença subjacente à concepção do Estado em ambos os lados do Atlântico.