O meu Mediterrâneo começa em Tavira, pelos meados do século XX, e acaba (provisoriamente) em Chipre, o primeiro ponto de paragem do Volume I desta trilogia (refragmentada). À ilha fragmentada seguem-se outras, distribuídas aleatoriamente pelo Levante do Grande Mar, como uma poalha de estrelas onde é bom pousar... O Mediterrâneo não se herda, consegue-se. E eu consegui o meu Mediterrâneo percorrendo-o lentamente em dezasseis capítulos, organizados em três faixas geográficas (cortadas segundo o meridiano). Mas esta aparente linearidade coexistente com uma turbulenta cartografia sentimental, feita pela escrita das cidades marítimas que explodem no espaço-tempo.