No Opus Dei, muitos membros entram com apenas 15 anos e comprometem-se a nunca casar nem ter filhos. Alguns usam uma corrente de arame com espigões à volta da coxa durante duas horas por dia e aos sábados açoitam-se com um chicote de corda. Dão o seu ordenado à organização e ao fim de seis anos e meio fazem um testamento a deixar tudo a entidades ligadas ao movimento. Os numerários, como Mota Amaral, são obrigados a tirar cursos iguais aos dos padres. O Ministério das Finanças de Maria Luís Albuquerque tinha vários colaboradores formados nas escolas do Opus Dei e um dos seus secretários de Estado era cooperador da Obra. Já a Maçonaria recruta muitos dos seus membros nas juventudes partidárias do PS e do PSD. Algumas lojas realizam rituais com caveiras e caixões e por vezes há documentos são que assinados com sangue. Nas reuniões é comum circular um saco preto de onde se pode tirar dinheiro discretamente. Uma das lojas do Grande Oriente Lusitano tem conseguido ter sempre entre os seus membros um elemento próximo dos vários primeiros-ministros. Estas são apenas algumas das revelações feitas pela jornalista Catarina Guerreiro, que ao longo de três anos de pesquisa entrevistou dezenas de membros e ex-membros destas sociedades secretas. De forma surpreendente e polémica, O Fim dos Segredos compara o Opus Dei e a Maçonaria e permite-nos conhecer o outro lado destas organizações sempre envoltas num manto de mistério.