Há empresas que morrem de morte natural.
Há outras que são mortas.
A RTP foi morta.
Não por um tiro assassino e misericordioso, mas através de um longo e premeditado processo de asfixia que se estendeu por uma década – os anos do aparecimento e triunfo das televisões comerciais em Portugal.
E morta para que melhor vivam os interesses e os lucros privados.
Essa asfixia, apontada ao longo de crónicas espalhadas no tempo e em jornais, revistas, conferências e notas de livros sobre jornalismo e televisão, revela claramente a sua dimensão mortífera, qual negativo de filme em câmara escura, quando se juntam num só bloco as peças do puzzle.
É o que se propõe fazer este livro.