"«Como aquele que é hoje talvez o seu maior estudioso proclamou uma vez, provocador, ""O Filho de Campo de Ourique é o primeiro gran de não-autor da história da literatura mundial"". Se a fama póstuma que ele preparava era do tipo convencional, ancorada numa obra m aterial e de peso, ou se admitia já a ideia, ao seu tempo extravagante, de fazer história apenas pelo gesto, pela palavra suposta e hipotética e não pela palavra real e vertida no papel, é algo que nunca saberemos: é certo que o Filho deixou um lastro de papel atr ás de si - mas tanto podia destinar-se a ser lido como a ser queimado, dois fins igualmente possíveis para uma obra controversa como (calcula-se) era a sua.»"