No decorrer dos últimos três anos, houve um esoaço alternativo para os textos de Rui Tavares: as crónicas da revista «Blitz». A ausência de constrangimentos temáticos e o ritmo de publicação mensal proporcionaram-lhe «liberdade total; mais liberdade do que alguma vez tive na imprensa». E é dessa liberdade, traduzida em virtuosismo literário e cultural, que os leitores podem agora desfrutar.
«Algumas obsessões foram tomando corpo: o futuro e o passar do tempo em geral, as cidades, alguns clarões da infância, a relação entre as artes e a filosofia. O tom era mais pessimista e melancólico do que seria meu hábito. Habituado a escrever duas vezes por semana sobre assuntos correntes, esta coluna era um mergulho mensal na liberdade absoltua. Era muitas vezes a "outra" crónica, imprevista para mim ao escrevê-la ainda antes de ser passada aos leitores.» (da Nota Introdutória)