Nas palavras de outro grande escritor polaco, Bruno Schulz, "Gombrowicz mostra que quando não somos maduros - mas da ralé, escória fazendo-se à vida numa tentativa de nos expressarmos - e lidamos apenas com a nossa baixeza, estamos mais perto da verdade do que quando somos nobres, sublimes, maduros e definitivos. [...] Todas as formas do homem, os seus gestos e as suas máscaras encobriram o ser humano, entranharam uma negaçao da miserável, nua e crua condiçao humana, e Gombrowicz reivindica-a, adopta-a, reclama o seu regresso de um longo exílio, a partir de uma antiquíssima diáspora. (…) Demonologista da cultura, um obstinado cão de caça da mentira cultural".
Críticas de imprensa
«[…] Um marco da literatura europeia e objecto de difícil classificação. Publicado em 1937, é um livro que, formalmente, desafia as convenções narrativas; no que respeita ao conteúdo, ataca sarcasticamente as normas sociais, as capelinhas da cultura e os dogmas da educação. Não é um romance de formação, é romance de deformação.»
Bruno Vieira Amaral, revista LER 107