O Fazedor ocupa um lugar particularmente destacado na obra de Jorge Luís Borges, pois, como ele diz, «de quantos livros publiquei, creio que nenhum é tão pessoal como esta desordenada, indisciplinada colectânea, precisamente porque fértil em imagens e interpolações».
Nestas páginas, tão breves quanto densas, característica bem conhecida do trabalho borgiano, está o artista de corpo inteiro – poeta em prosa e em verso –, como o ensaísta ou, melhor dizendo, o escritor subtil, erudito e não poucas vezes irónico.
Jorge Luís Borges apresenta-se-nos com essa dualidade que lhe é inseparável: por um lado, a sua visão literária universal, preferentemente orientada para os temas ligados às literaturas inglesa, greco-latina e oriental.
O Fazedor, publicado em 1960, é considerado um dos seus mais penetrantes trabalhos literários.