"Fanga (1943) espécie de primeira síntese na minha obra, nela se investiu e remoçou a experiência iniciada em 1938, que até aí (e ainda hoje) não passara de combate ou diálogo, quantas vezes dramático, entre um homem emotivo, a viver no sangue as evidências mais cruéis do seu tempo, e um escritor insatisfeito que procurava dar àquele a lúcida voz de razões clarificadas num meio danado pelas trevas. Fanga - sombra da Idade Média projectada nos nossos dias. Senhores vivendo da terra sem nada lhe darem. Servos fecundando a terra sem nada receberem."