(…) a identidade feminina ou feminista participa de um processo que se vai concretizando no tempo pela experiência quer se parta de um ponto de vista essencialista, quer de uma fundamentação culturalista. E igualmente radica a ideia de que essa identidade de contornos sociais e individuais conduz a concepções de mulher e de sociedade diferentes na sua concretização das existentes e, de certo modo, caracterizadoras de um tempo e de um lugar. Daqui as virtualidades da pluridisciplinaridade na realização de estudos sobre as mulheres. As abordagens são múltiplas, assim como são inúmeras as actividades exercidas e a forma como sob o ponto de vista epistemológico se enquadram. A política, a sociologia, a literatura, a antropologia, a cultura, a ciência, a religião, a economia, as artes, etc., são passíveis de ser convergentes na busca da experiência como factor de identidade que se vai construindo no tempo (…)