Em 1942, José-Augusto França escreveu uma novela cujas personagens eram adolescentes da sua idade; teve por título O Facadas, e ficou inédita até hoje. Sessenta anos depois, em 2000, para se decidir a recomeçar um caminho de romancista que lhe apetecia, teve ele a curiosidade (ou mesmo interesse) de saber em que tinham dado essas personagens, sobretudo o protagonista da história, que fora então, um tanto, autobiográfico – mas que de todo em todo deixava de ser. Intitulou então a segunda novela, mais longa, A Volta do Facadas, como lhe pareceu natural, senão necessário.
Alguma sociedade burguesa de Lisboa no tempo da guerra e a do fim do século dão situação, quadro e ambiente às duas histórias que, em certa medida, são a mesma. De qualquer modo, são as pessoas que mais interessam ao autor.