No início do século passado, o Barreiro era ainda uma pacata vila de pescadores. Apesar da linha do caminho-de-ferro e das indústrias corticeiras que se tinham instalado nesta margem sul do Tejo. Daqui, conseguia-se avistar Lisboa – lá longe, do outro lado do grande rio. A CUF, que laborava em Alcântara, queria crescer. Já não lhe bastavam os sabões, as velas e os óleos produzidos na Fábrica Sol ou os adubos e produtos químicos confinados à área da Fábrica União. Alfredo da Silva, o visionário capitão da indústria portuguesa, acreditou que o Barreiro podia ser a chave para a expansão e a ambição da CUF. Comprou terrenos na frente de rio e iniciou a construção daquele que viria a ser um dos maiores pólos industriais da Europa. Em 1909, no dia 19 de Setembro, a primeira fábrica entrava em produção.