Borboletas que dançam valsas e põem ovos de sol, bichinhos-de-conta que são berlindes e parecem caixinhas de música, muitos livros que são abat-jours da alma, cavalos de pau voando sobre as nuvens, pintassilgos que são anjos equilibristas e vírgulas no vento, formigas trabalhadoras que são pontos finais da terra, pombos-correio sobrevoando o céu de bicicleta, um melro viúvo, uma gata solitária à espera de um “miau”, uma Mãe com peixinhos de prata nas meninas dos olhos – tudo isto cabe nesta grande casa de muitos nomes, que habita o coração de cada um de nós. Um belíssimo texto poético de Hugo Santos, maravilhosamente ilustrado por Raquel Pinheiro.