João Tavares e Januário Bonsucesso não se conheciam. Certa manhã, a morte bate-lhes à porta e o destino junta-os no limbo. E é nesse sítio pouco simpático, com inesperadas semelhanças com o mundo dos vivos, que travam uma amizade improvável e revivem estórias de vida, que nem às paredes confessavam, e estórias de morte, que agitam um ambiente tradicionalmente tranquilo, enquanto aguardam pelo supremo veredicto. Um exercício de ficção que conforme alguém vaticinou nenhuma mulher compraria e faria corar Gil Vicente.
«Foi depois de ler a história do encontro de Januário e João que compreendi a razão por que o Vaticano declarou o encerramento desse mezanino da existência a que chamavam limbo». (Ana Markl)