á elos que se originam na incondicionalidade do afecto, laços que se perpetuam pela eternidade e mais um dia. Muito mais do que um livro para crianças, este conto juvenil simboliza uma verdadeira lição de existência com noções tão basilares como o amor, a família, a saudade, a aceitação e a amizade.
Os Espelhos de Tükor é um sonho cheio de inocência, ternura e sensibilidade onde se aprende, principalmente, a crescer.
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“Á medida que ia lendo este lindo texto, mergulhei num mundo de grande serenidade envolvente onde se misturavam, sem se confundirem, tocantes tonalidades da mãe natureza, mensagens tão nítidas do profundo sentido da harmonia familiar e o doce recordar de quem partiu, sem jamais ser apagado das nossas memórias afectivas.
De facto, um texto fantástico num mundo de extático mistério que maravilha as crianças e que não deve deixar indiferentes os adultos que, por todas as razões, devem guardar em si e preservar o “eu pequenino”, que ainda se espantará com belas histórias como esta. Eu, que já quase me imagino para além do Arco-Íris, estou espantado e emocionado, claro.
A autora revela-nos, em todo o texto, uma mescla de sentimentos de ternura, fantasia, arte de brincar e ligação ao outro, num exercício de plena criatividade e elevado sentido emocional, que se alicerça numa espantosa aliança entre um «Eu» interior de riqueza inestimável, uma multiplicidade (tão ricamente variada) de sólidos conhecimentos dos «Saberes» da Mente Humana e a naturalidade de um correr de pena de excepção. Enfim, um conto de magia escrito pela mão de alguém que eu costumo apelidar de Dama do Lago. Porque será?”
Manuel Domingos
Coordenador da Unidade de Neuropsicologia
Centro Hospitalar Psiquiátrico de Lisboa