O que significa ser uma menina judia, de nome árabe a viver num país católico a frequentar escola protestante? O que significa ser uma jornalista brasileira, de origem judaica a cobrir uma guerra árabe-israelense, nos países árabes e com posições solidárias aos palestinianos? Em Outubro de 1973, a Guerra do Ion Kipur detonou uma situação limite na vida da jornalista Helena Salem. Escalada para cobrir o conflito, com o tempo amadureceu as suas reflexões: que guerra era essa, entre árabes e judeus? Nesta obra autobiográfica exemplar, a autora procura, com paixão, franqueza e autenticidade, juntar “a garotinha que se sentia judia e diferente no colégio, com a adolescente que jurou nunca casar na sinagoga e a correspondente de guerra que assumiu uma suposta origem árabe para circular livremente pelos Egito, Síria e as montanhas do Líbano”.